quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A ESCOLA ATUAL EM BELO HORIZONTE




Em entrevista ao nosso site, a pedagoga Marlei Terezinha Alves Facundo fez uma avaliação do ensino público atual em Belo Horizonte.


Perguntada sobre a Escola Plural ela disse que existem pontos positivos e negativos. Uma coisa boa foi a implantação de um ano a mais para as crianças estudarem, mas o ruim é que como não tem reprovação não há empenho dos pais em acompanhar o aprendizado dos filhos e os alunos também não se empenham.


Há 27 anos na rede municipal de ensino, atualmente ela trabalha na Escola Honorina de Barros no Conjunto IAPI no bairro São Cristóvão. Marlei contou que enfrenta problemas com a violência, que é uma luta entre a escola e o tráfico. Segundo a pedagoga muitos alunos são usados pelo crime local da Pedreira Prado Lopes e que algumas vezes encontram crianças armadas em sala de aula. Quanto a isso, Marlei diz que é feito um trabalho pedagógico e psicológico com os alunos, mas é muito difícil lidar com essa realidade.


A pedagoga contou que no início de sua carreira, ela trabalhava como professora e era muito diferente. Havia respeito entre aluno e professor e o contato com a família era constante. Hoje é muito difícil encontrar os pais para resolver qualquer problema.


Para ela os motivos de o ensino público estar tão caótico são as greves que impedem o progresso do conteúdo, mas principalmente a falta de acompanhamento e de valores familiares.


Maria Cecília Santos








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O ensino na escola particular

A DEDICAÇÃO É A CHAVE DO SUCESSO

As oportunidades na infância podem não ter sido as mesmas para as universitárias Renata e Suzana, mas ambas concordam numa questão: ”o que determina seu futuro é a sua dedicação!”.
Estudante do 3 período do curso de Jornalismo na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, Suzana Barros Buçard, 20, estudou dos 2 aos 17 anos de idade numa escola particular na região central da capital mineira. Suzana fala sobre o cotidiano do aluno de uma escola particular. Questionada sobre o acesso à coordenação e direção da escola, diz que jamais encontrou dificuldades no contato com estes responsáveis, “muito pelo contrário, sempre foram muito receptivos, a coordenadora era também psicóloga e independente de ter sido ou não encaminhado por algum professor, o aluno sempre teve livre acesso à coordenação!”, conta a aluna.
Sobre a estrutura de laboratórios, acervo da biblioteca e demais dependências da escola também não fez nenhuma reclamação. Falando sobre os professores, disse ter somente elogios, alguns mais rígidos, outros mais amigáveis, mas todos muito exigentes no cumprimento de suas tarefas. “ Muitos deixaram pra mim exemplos que guardarei pela vida inteira.”. relembra Suzana.
Já a universitária Renata Santos, 19, estudante do 2 período do curso de Administraçao da Faminas (Faculdade de Minas de Belo Horizonte) não pôde render tantos elogios às escolas por onde passou. Renata estudou da 1 série do primário ao 1 ano do ensino médio em escolas públicas da periferia de Belo Horizonte. Nos dois últimos anos, estudou na escola Estadual Central, na região hospitalar da capital. A estudante fala sobre a falta de estrutura física das escolas da periferia, principalmente no que diz respeito à laboratórios e acervo bibliotecário. Quanto ao acesso à coordenação diz que nas escolas da periferia era mais fácil, pois normalmente o diretor ou coordenador está durante todo o dia, na escola Estadual Central, disse não ter um acesso tão fácil,


porém, os alunos tinham acesso à atendimento psicológico, normalmente encaminhado por professores.
Quanto ao ensino e cobrança, Renata disse que os professores da segunda escola eram mais exigentes, e que teve dificuldades de acompanhar os alunos que já estavam acostumados com o ritmo do colégio.
Diferente dos colegas de Suzana, os alunos das escolas públicas tinham mais resistência à disciplina, “a maioria não era tão dedicada, mas tinham aqueles que entendiam o que estava fazendo lá”, diz a futura administradora.
Renata estudou durante toda a vida escolar na rede pública e como a maioria dos jovens de periferia, não teve muitas oportunidades de cursos e preparações para o mercado de trabalho, mas contrariando as expectativas do mercado, se dedicou nos estudos, mesmo na rede pública e sem precisar passar por cursinhos preparatórios, fez o exame nacional do ensino médio ( ENEM) assim que concluiu o 2 grau e por obter uma pontuação bem acima da média, conseguiu a bolsa integral para o curso de administração através do projeto de incentivo do governo federal, o ProUni ( Programa Universidade para Todos) e hoje, com sua dedicação é a responsável financeira de uma micro empresa do ramo de tecnologia na região Norte da capital. Para os estudantes das redes públicas ou privadas, ficam então o seu exemplo de superação, e como defendem as duas universitárias: “independente das oportunidades, o que vai fazer a diferença é a dedicação do aluno!”.

Fernanda Milaine de Castro

O ensino na escola particular





A professora Juliana dos Reis Valada dá aula há 2 anos na escola Ardo Íris. Que é filiada ao sistema de ensino Coração de Jesus. .


Segundo a profissional, a parte pedagógica não deixa a desejar. "Os materiais didáticos são excelentes. E aqueles que sabem aproveitar as oportunidades saem da escola com uma bagagem cultural imensa e consegue se inserir no mercado de trabalho e nas melhores faculdades." Por ser uma instituição filiada a um grande sistema de educação ela oferece um ensino de qualidade e que tem sua continuidade nas séries sequenciais.
Mas o ensino particular não garante sucesso pra ninguém. Se o aluno não for responsável e dedicado de nada adianta estudar nos melhores colégios e ter os professores top.



Para muitos a educação na escola privada é melhor do que na pública. Será mesmo?





Aurea Faria