Em entrevista ao nosso site, a pedagoga Marlei Terezinha Alves Facundo fez uma avaliação do ensino público atual em Belo Horizonte.Perguntada sobre a Escola Plural ela disse que existem pontos positivos e negativos. Uma coisa boa foi a implantação de um ano a mais para as crianças estudarem, mas o ruim é que como não tem reprovação não há empenho dos pais em acompanhar o aprendizado dos filhos e os alunos também não se empenham.
Há 27 anos na rede municipal de ensino, atualmente ela trabalha na Escola Honorina de Barros no Conjunto IAPI no bairro São Cristóvão. Marlei contou que enfrenta problemas com a violência, que é uma luta entre a escola e o tráfico. Segundo a pedagoga muitos alunos são usados pelo crime local da Pedreira Prado Lopes e que algumas vezes encontram crianças armadas em sala de aula. Quanto a isso, Marlei diz que é feito um trabalho pedagógico e psicológico com os alunos, mas é muito difícil lidar com essa realidade.
A pedagoga contou que no início de sua carreira, ela trabalhava como professora e era muito diferente. Havia respeito entre aluno e professor e o contato com a família era constante. Hoje é muito difícil encontrar os pais para resolver qualquer problema.
Para ela os motivos de o ensino público estar tão caótico são as greves que impedem o progresso do conteúdo, mas principalmente a falta de acompanhamento e de valores familiares.
Maria Cecília Santos
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